Historiando a Gastronomia ou“Gourmetizando” a História?
- por Mari Pataracchia

- 16 de out. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 5 de nov. de 2019
''PETIT FOUR'' foi a minha inspiração gastronômica da semana...
Em busca da receita original para fazer em casa, para depois fotografar, me deleitei com as fantásticas histórias e depoimentos de grandes chefs e scritores espalhados pelo mundo...
Durante a minha pesquisa, explorei alguns registros históricos e livros de gastronomia, e descobri que essa deliciosa iguaria; o delicado “Petit Four”, surgiu por volta do século XVIII, na França, num momento dentro das cozinhas antigas, em que os chefs aproveitavam a caloria residual dos tradicionais fornos a lenha ou carvão, para assar uns ''docinhos'', salgados, sobras de massas, ou receitas delicadas que não necessitavam de temperatura alta para assar. Na tradução; ao pé da letra, em francês: petit four significa “pequeno forno”, ou seja, fogo baixo ou pouco calor. Como tradição da época, os petis fours, eram servidos no término das refeições, como acompanhamento de sobremesas, nos lanches da tarde, ou como petiscos.
Tanto na versão doce ou salgada, os Petits Fours ganharam destaque na gastronomia, e até mesmo, status. Hoje, são servidos em festas, coquetéis, buffets, hotéis, coffee breaks, recepções, cafés da manhã, chás da tarde, piqueniques e etc., e facilmente encontrados em: padarias, confeitarias, e até mesmo em algumas docerias. Constantemente, recebem um toque especial de grandes chefs, ganhando novos e incríveis sabores, conquistando os mais variados gostos e paladares, e até sendo inseridos em alguns cardápios.
Aqui no Brasil, tem sido cada vez mais consumido; ganhou versões sem glúten, vegana, e com ingredientes regionais, ainda tornou-se uma lucrativa fonte de renda para pequenos e médios empreendedores da gastronomia; os quais produzem e distribuem uma gama variada dessas guloseimas, tanto para consumidores finais, quanto para empresas. Há três tipos de Petit Four: . Salgados: massa folhada, biscoitos de queijo ou castanhas, mil-folhas, quiches e etc.; . Secos: pequenos biscoitos, merengues, macarons e folheados; . Glaceados: bolos pequenos com cobertura, glacê de açúcar de confeiteiro, ou com alguma decoração.
Algumas versões salgadas são chamadas de "bouchée" ou “petit bouchée”, comidinhas que podem ser degustadas numa “bocada” só... São pequeninas massas folhadas ou crocantes, em formato de copinhos ou forminhas, e que recebem coberturas ou recheios finos, leves, e delicados, como: camarão, queijo cottage, ervas finas, cogumelos, tomates cereja, e etc. Na versão doce, recebem o tradicional creme de confeiteiro, frutas, pistaches, geleias, chantilly, creme de nata e etc. Também são chamados de Petits Fours, as versões em miniaturas de bombas, mousses ou “torteletes”, e seu nome é “Mignardise”. Na França, também se usa muito este termo para classificar alguns biscoitinhos amanteigados.
Um amante da gastronomia, o gourmand francês M. Cardelli escreveu, em 1842, um manual completo e dizia que: "o que se produz sob o nome de petit four é de extensão imensa" e que "macarons, biscoitos e suspiros apenas já seriam suficientes com suas subdivisões de formar um verdadeiro labirinto de guloseimas". Livro "Nouveau manuel complet des gourmands" (Novo manual completo dos gourmands). E ele ainda salienta que alguns canapés, bombas, pão de ló, profiteroles, cannolis, waffles, vol-au-vents, macarons, mil-folhas e croquetes também são considerados tipos de petit four.
Legal né?! Quem tiver interesse na “receita da foto”, dá uma curtida, e posta nos comentários: “Eu quero a receita da foto”, que eu passo pra você, Ok?! 😉
Um abraço da Mari! TEXTO & FOTOGRAFIA: Mari Pataracchia (Fotógrafa, Gourmand & Escritora)
REFERÊNCIAS: . CARDELLI, M. “Nouveau manuel complet des gourmands”. NABU PRESS, 2012. . TOUSSAINT-SAMAT, Maguelonne. “La très belle et très exquise histoire des gâteaux et des friandises". FLAMMARION, 2004. . MADAME FIGARO. Disponível em: http://madame.lefigaro.fr/recherche/petit%20four Acesso em: 04 de abril de 2019.
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